Construir um chatbot realmente útil (ou uma URA inteligente) vai muito além de simplesmente conectar um modelo de linguagem gigante, os chamados LLMs, e esperar resultados imediatos. Antes de qualquer linha de código, é essencial compreender o conceito de workflow, definir claramente os limites de atuação do agente e planejar as integrações que darão a ele poder de ação com controle. Este artigo conceitual resume os principais elementos que você deve considerar para transformar inteligência artificial em uma experiência de atendimento fluida, eficiente e segura.
Workflow é o fluxo de trabalho que descreve, em etapas, como um processo acontece do início ao fim. Um bom exemplo é uma receita de bolo: reunir os ingredientes, misturar, assar e servir. No contexto de atendimento ao cliente, esse fluxo se traduz em identificar o cliente, entender sua intenção, fazer a triagem e entregar a solução. Quanto mais bem estruturado for esse caminho, menos falhas o seu agente encontrará durante a interação com o usuário.
Imagine uma mãe levando a filha ao pronto-socorro. A recepcionista coleta informações, entende o motivo da visita e direciona o atendimento. Um chatbot precisa funcionar da mesma forma:
Identificar quem está entrando em contato
Entender qual é a intenção daquele contato
Encaminhar corretamente a solicitação
Se o fluxo não estiver claro, o agente de IA ficará perdido e a experiência será comprometida.
Modelos amplos de linguagem conhecem muitos assuntos, o que é justamente o perigo. É essencial fornecer prompts objetivos e específicos. Por exemplo:
"Você é um agente da Clínica X. Seu único objetivo é descobrir se o contato deseja marcar exame ou consulta. Não responda outros assuntos."
Esses comandos funcionam como barreiras de segurança para garantir que o agente atue apenas dentro do seu contexto, reduzindo custos e evitando respostas indevidas.
Um agente inteligente precisa ter acesso a dados em tempo real para oferecer um atendimento eficaz. Isso é feito por meio de integrações via API. No nosso exemplo, o agente precisa consultar APIs para:
Validar a carteirinha do paciente
Verificar disponibilidade de horários
Realizar o agendamento
As respostas das APIs (como os códigos 200 ou 404) são usadas para tomar decisões, sem exigir que o agente "invente" respostas.
Não é necessário automatizar tudo com IA. Perguntas simples, como horários de funcionamento ou política de preparo para exames, podem ser respondidas por menus estáticos. A inteligência artificial deve ser usada em pontos onde a conversa precisa ser mais dinâmica, interpretativa ou personalizada. Essa combinação permite equilíbrio entre eficiência e custo.
Escolher a fornecedora do modelo de linguagem
Mapear todo o fluxo de atendimento
Disponibilizar uma base de conhecimento interna
Garantir integrações via API para ações críticas
Criar prompts claros e seguros para cada etapa do fluxo
No nosso vídeo do YouTube, mostramos o passo a passo prático para montar esse agente de atendimento. Desde a criação dos prompts até a leitura de pedidos médicos, consulta de agendas e definição de horários, você verá como transformar teoria em prática.
Assista ao vídeo completo abaixo para visualizar na prática como montar um agente funcional, eficiente e ajustado à realidade da sua empresa.
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